Pelo menos metade da população de 6,9 milhões do Líbano precisa de ajuda humanitária para viver, alertou a ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça (15).
A organização espera reunir US$ 300 milhões em recursos para socorrer cerca de 2 milhões de libaneses e migrantes em situação precária nos próximos oito meses.
A crise no país do Oriente Médio se aprofundou após a explosão no porto de Beirute, em agosto de 2020. Os efeitos da guerra da Síria e o impasse político sem expectativa de resolução não colaboram para as tentativas de reforma.
Com uma moeda desvalorizada, o poder de consumo caiu, e o país enfrenta uma hiperinflação. Entre os meses de abril de 2019 e 2021, por exemplo, o Índice de Preço do Consumidor subiu mais de 208%, com um aumento de 607% nos preços de alimentos e bebidas.
Enquanto isso, o desemprego afeta mais da metade da população, e os níveis de pobreza aumentaram 300% desde 2019. Estimativas apontam que o PIB (Produto Interno Bruto) do país caiu 13,8% no ano passado.
Entre outubro e dezembro, quase um quarto dos libaneses não tinha o suficiente para a alimentação diária, estimou o Banco Mundial. Sem alimentos na mesa, os índices de crianças de seis meses a cinco anos com má nutrição só cresce.
A crise se estende desde a saúde, com a pandemia que impõe pressão extra no já precário sistema de saúde, até as Forças Armadas. O exército já pediu ajuda externa para manter as operações no Líbano.
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