A maioria dos parlamentares da pequena nação balcânica de Montenegro aprovou, na última sexta (4), um novo governo formado por políticos da centro-direita, pró-sérvios e favoráveis a uma aproximação com a União Europeia, registrou a Radio Free Europe.
Além de transferir o poder dos representantes pró-Rússia pela primeira vez em 30 anos, a decisão pavimenta a perda do protagonismo do presidente Milo Djukanovic.
Pequena república balcânica, Montenegro é mais um dos palcos da disputa entre o Ocidente e a Rússia pela ampliação de sua esfera de influência.
Com diferença de apenas um voto, a coalizão que se opunha a Djukanovic teve o apoio de 41 dos 81 deputados do Parlamento. O líder da chapa para ocupar a posição de primeiro-ministro é Zdravko Krivokapic.
Essa é a primeira vez que Djukanovic, no poder desde 2018, perde uma eleição. Antes disso, o político líder do DPS (Partido Democrático dos Socialistas), apoiado pela Rússia, foi premiê por quatro vezes.
O movimento já era esperado desde os resultados das eleições parlamentares de 30 de agosto. Na ocasião, a oposição do país elegeu 28 candidatos, com liderança da Igreja Ortodoxa Sérvia. O DPS somou 29 deputados.
Krivokapic é um professor universitário de 62 anos com pouca experiência na política. Ele promete “progressos significativos” nas negociações para a inclusão de Montenegro à União Europeia.
Antes dele, Djukanovic articulou a independência montenegrina da Sérvia, em 2006. Adesão à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) veio em 2017.
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