Em mais um capítulo de violência extremista na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, extremistas decapitaram 50 pessoas na segunda-feira (9). Membros do Estado Islâmico assassinaram as vítimas em um campo de futebol, disse a polícia local à Deutsche Welle
Palco de ataques brutais desde 2017, a província vive uma onda de terror após integrantes do EI tomarem uma área rica em gás natural em agosto.
O grupo avança sobre as cidades da região para saquear comunidades e recrutar novos militantes para o grupo. De acordo com autoridades moçambicanas, os decapitados foram capturados em diversas aldeias da região na última semana.
“Eles incendiaram casas e caçaram as pessoas que fugiram para a floresta”, relatou um policial. Além das mortes, os militantes também sequestraram mulheres e crianças.
Ao recrutar jovens sem perspectiva, o grupo indica o objetivo de construir um califado islâmico e impõe a sua força através de diversos ataques brutais. Sem amparo, a polícia moçambicana tenta lutar contra o avanço do extremistas – sem sucesso.
Ainda em abril, mais de 50 jovens teriam sido decapitados após recusarem se unir ao grupo.
A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que a fome, violência e dificuldade de acesso de ajuda humanitária já forçaram o deslocamento de mais de 300 mil cidadãos da província desde o início dos conflitos.
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