Um surto de vírus Ebola foi declarado em Uganda após a confirmação de um caso no distrito de Mubende, no centro do país. A OMS (Organização Mundial da Saúde da ONU) disse na terça-feira (20) que uma amostra retirada de um homem de 24 anos foi identificada como a cepa relativamente rara proveniente do Sudão.
É a primeira vez em mais de uma década que a cepa do Sudão foi encontrada em Uganda, que também viu um surto da cepa do Zaire do vírus Ebola em 2019.
O último surto segue-se a seis mortes suspeitas no distrito de Mubende até agora neste mês. Há também oito casos suspeitos que estão sendo atendidos em uma unidade de saúde.
Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África, disse que a agência da ONU está trabalhando em estreita colaboração com as autoridades de Uganda para investigar a fonte e apoiar os esforços para controlar o surto.
“Uganda não é estranha ao controle efetivo do Ebola”, disse ela. “Graças à sua experiência, foram tomadas medidas para detectar rapidamente o vírus e podemos contar com esse conhecimento para impedir a propagação de infecções”.
Sem vacina eficaz
As vacinas existentes contra o Ebola provaram ser eficazes contra a cepa do Zaire, mas não está claro se serão tão bem-sucedidas contra a cepa do Sudão, disse a OMS em comunicado. Outra vacina produzida pela empresa farmacêutica Johnson and Johnson pode ser eficaz, mas ainda não foi testada.
O Ebola é uma doença grave, muitas vezes fatal, que afeta humanos e outros primatas. Tem seis cepas diferentes, três das quais – Bundibugyo, Sudão e Zaire – já causaram grandes surtos.
As taxas de letalidade da cepa do Sudão variaram de 41% a 100% em surtos anteriores. A implantação precoce do tratamento de suporte mostrou reduzir significativamente as mortes, disse a OMS.
A agência despachou suprimentos para apoiar o atendimento dos pacientes e está enviando uma barraca especializada que será usada para isolar os casos.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News
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