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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Líderes hindus que destruíram mesquita histórica são absolvidos na Índia

Os líderes hindus acusados pela destruição da histórica mesquita de Babri Masjid, em 1992, foram absolvidos por um tribunal da Índia nesta quarta (30). O local é alvo de longa disputa entre hindus e muçulmanos.

De acordo com a BBC, o ex-vice-primeiro-ministro, L. K. Advani, e os líderes do partido Bharatiya Janata, M. M. Joshi e Uma Bharti, negaram ter incitado extremistas a demolir a estrutura do século 16, na cidade de Aiódia, próxima a fronteira com o Nepal.

O veredito absolveu 32 dos 49 acusados. Outros 17 morreram durante o processo. De acordo com o tribunal, não há evidências para comprovar que a demolição foi planejada.

Líderes hindus que destruíram mesquita histórica são absolvidos na Índia
Vista de parte da cidade histórica de Ayodhya (Foto: Ayodhya Tourism)

Cerca de duas mil pessoas morreram com a violência gerada pela demolição, em 6 de junho de 1992. Desde então o espaço tornou-se palco de um conflito entre a maioria hindu e a minoria muçulmana da Índia.

Para os hindus, a mesquita foi construída sobre o local de nascimento da divindade Rama.

Em 2019, a Suprema Corte encerrou uma outra batalha legal de décadas e concedeu as terras da antiga mesquita aos hindus. Em agosto, o premiê indiano, Narendra Modi, do Bharatiya Janata, lançou a pedra fundamental do que deverá se um templo hindu em homenagem ao deus Rama no local.

Como compensação, a comunidade muçulmana recebeu um terreno de cinco acres, o equivalente a pouco mais de dois campos de futebol, para construção de uma nova mesquita.

Muçulmanos condenam decisão

Após o veredito, grupos muçulmanos e oposicionistas criticaram as absolvições. O Grupo de Apoio Legal aos Muçulmanos na Índia afirmou que vai recorrer da decisão.

“Havia policiais, jornalistas, funcionários do governo como testemunhas. Todos estavam mentindo?”, questionou o advogado do conselho, Zafaryab Jilani.

Para especialistas, o veredito deve aprofundar ainda mais a retaguarda dos muçulmanos na Índia.

“Quando o mais flagrante ato de desafio à lei na Índia moderna fica impune, que esperança tem o indiano comum, sobretudo se pertence a uma minoria, de garantir justiça?”, apontou a cientista política Zoya Hasan.


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