Acusado de financiar ataques contra a etnia tutsi no genocídio de Ruanda, Félicien Kabuga deve ser levado à sede do Tribunal Penal Internacional da ONU (Organização das Nações Unidas), em Arusha, na Tanzânia, até dezembro deste ano.
A Suprema Corte da França concedeu a permissão nesta quinta (1), informou a Deutsche Welle.
O Tribunal de Recursos de Paris já havia definido a sentença em junho, mas os advogados de Kabuga alegaram que o prisioneiro não poderia sair do país por problemas de saúde.
Após investigação, no entanto, a corte decidiu que não há qualquer “obstáculo médico ou legal” para a transferêcia à Tanzânia.
O Tribunal da ONU denunciou Kabuga ainda em 1997. Os promotores o acusam de financiar e armar as milícias da etnia hutu responsáveis por matar 800 mil tutsis em Ruanda, em 1994.
A França deve entregá-lo até dezembro ao Mecanismo dos Tribunais Internacionais – estrutura responsável por encerrar o trabalho do Tribunal Penal Internacional da Ruanda.
Foragido há duas décadas, Kabuga foi preso em maio deste ano em Paris. Em 1994, o prisioneiro chefiava o Fundo Nacional de Defesa, que ajudou a financiar o genocídio.
Kabunga também presidiu a Rádio Televisão Libre des Milles Collines. Nas transmissões, extremistas hutus incitavam o ódio contra os tutsis e podiam identificar alvos para assassinatos.
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