Em violação ao embargo de armas imposto à Líbia, a Rússia intensificou nos últimos meses sua rede de apoio logístico por meio da empresa de mercenários Wagner Group, com forte proximidade do Kremlin.
A informação consta de um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), ao qual a agência de notícias Reuters teve acesso nesta quarta (2). Na prática, diz o documento, “o embargo permanece ineficaz”.
Segundo os observadores, o governo russo aumentou desde janeiro suas operações logísticas na guerra civil líbia por meio da Wagner e outras empresas privadas de mercenários baseadas na Federação Russa.
Esse fluxo foi identificado a partir de 338 voos suspeitos de aeronaves militares de Moscou, que vinham da Síria. Só a Wagner Group tem cerca de 1.200 homens na Líbia.
A Rússia apóia o marechal Khalifa Haftar, que domina a porção leste do país com seu Exército Nacional Líbio. A porção oeste, que inclui a capital Trípoli, está nas mãos do Governo de Acordo Nacional, reconhecido pela maior parte da comunidade internacional.
Também foram identificadas violações por parte de Egito, Jordânia, Síria, Catar, Turquia e Emirados Árabes, que não “verificaram carga suspeita” a caminho do país.
Além dos russos, Haftar recebeu o apoio de Egito e Emirados Árabes Unidos. O governo baseado em Trípoli tem retaguarda da Turquia.
O material foi submetido ao Conselho de Segurança e ainda não está disponível ao público. Os embaixadores do Egito e da Síria na ONU não se manifestaram.
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