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domingo, 16 de agosto de 2020

Final feliz: Mãe da menina iniciada no Candomblé recupera a guarda

Juiz devolveu a guarda para a mãe após ela ficar com avó materna que fez as denuncias


O juiz Danilo Brait, da 2ª Vara Criminal de Araçatuba (SP), restituiu na sexta-feira (14) a guarda da adolescente de 12 anos, à mãe, a manicure Kate Ana Belintani, de 41 anos. A menina ficou sob a guarda provisória da avó materna durante 17 dias, depois de ela entrar na Justiça alegando que a garota sofria maus tratos e suposto abuso num centro de candomblé frequentado pela menina e seus pais. 


Kate recuperou a guarda da filha 

A avó da menina que é evangélica ganhou a guarda provisória da menina após fazer uma denuncia de maus tratos e até abuso sexual, porém o exame de corpo de delito feito na garota, apontando que a menina não tinha nenhuma lesão, hematoma e nenhum sinal de agressão ou abuso; o depoimento da adolescente confirmando que frequenta a religião com a mãe e estava ciente de todo o ritual a que seria submetida e a manifestação do Ministério Público a favor da revogação da decisão liminar, foi o que levou o juiz a tomar a decisão de devolver a guarda para Kate.

Para o  advogado Hedio Silva Junior, dirigente do Idafro (Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras) e responsável pela defesa de Kate Belintani, ficou claro que o processo foi movido por intolerância religiosa, já que tudo aconteceu porque a menina, que segue o candomblé, estava reclusa no terreiro passando pelo ritual de iniciação na religião . “Foi uma vitória do povo de terreiro, uma vitória contra a intolerância religiosa e um sinal a mais de que juntos e conscientes o povo de axé é capaz de vencer a intolerância, a grandiosidade e a honra da nossa religião”, afirmou Silva.

“Prevaleceu o direito, a Justiça, o princípio constitucional do Estado Democrático de Direito. Mas houve violações de direitos e os agentes serão responsabilizados nas esferas cível e criminal”, afirmou Silva. 

Com informações Época


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