Na quinta (13), Taipé anunciou que as forças militares devem receber reforço de 10% no Orçamento de 2021. O valor ultrapassará US$ 15 bilhões (R$ 80 bilhões), o equivalente a 2,4% do PIB (Produto Interno Bruto) da ilha.
O movimento requer aprovação legislativa, informou o jornal “South China Morning Post“.
Depois do encontro entre a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e o secretário de saúde dos EUA, Alex Azar, na segunda (10), a chefe de Estado reforçou o alinhamento com os norte-americanos em um discurso virtual para o Hudson Institute, com sede em Washington, na quarta (12).
Na ocasião, Tsai afirmou que seu país tem comprado equipamentos militares dos norte-americanos. Entre eles, minas marítimas subaquáticas e mísseis para defesa costeira.
“Nossos 23 milhões de habitantes têm o direito de determinar nosso futuro, o que é o contrário da posição que Beijing tomou”, disse a mandatária.
Nessa sexta (14), Tsai afirmou que o relacionamento com os EUA está mais estreito do que nunca. “Um alto grau de confiança mútua e objetivos estratégicos” uniram o Taiwan e os EUA, mesmo a contragosto de Beijing.
Reforço militar
Diplomática, Tsai afirmou durante a conferência online que busca um entendimento pacífico com Beijing em nome dos laços culturais e históricos que os unem.As portas não estão totalmente fechadas, afirmou a presidente, mas a China precisa “aceitar que Taiwan é uma democracia desenvolvida”.
Beijing, por outro lado, tem tentado fechar o cerco sobre a ilha desde que Tsai assumiu o poder, em 2016. Mesmo afirmando buscar um acordo pacífico, o uso da força não é descartado.
Na segunda-feira (10), enquanto Taiwanrecebia o mais alto oficial norte-americano desde 1979, dois jatos chineses cruzaram o estreito que separa a ilha do território chinês, informou a Al-Jazeera.
De acordo com a mídia local de Taiwan, missões de “vistoria” aérea e marítima foram registradas pelo menos 20 vezes neste ano.
A ilha, reivindicada pelos chineses como uma “província rebelde”, é considerada uma das questões mais sensíveis da política externa chinesa. Beijing vê como inegociável a concepção de “uma China”.
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