A ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou na segunda-feira (6) o número atualizado de baixas civis oficialmente registradas na guerra da Ucrânia. Com um acréscimo de mil novas mortes em relação ao balanço anterior, de janeiro, a entidade diz que mais de 21 mil pessoas foram vítimas do conflito até agora, entre mortos e feridos.
No total, foram registrados 8.173 civis mortos e 13.620 feridos no intervalo entre 22 de fevereiro de 2022 e 5 de março de 2023. A enorme maioria dos casos, 17.481, ocorreu em territórios ainda sob o poder do governo ucraniano. As demais 4.312 baixas ocorreram em áreas sob o controle das tropas da Rússia.
Em levantamento divulgado poucos dias antes, que abrange somente registros até 15 de fevereiro, as Nações Unidas disseram ter confirmado 1.441 baixas entre crianças, sendo 487 mortas e 954 feridas.
Entretanto, a própria ONU alerta que o relatório não dá a exata dimensão da violência do conflito. “O número real de vítimas civis é consideravelmente maior, já que muitos relatos de supostas vítimas civis individuais em determinados locais ainda estão pendentes de confirmação. Esses locais incluem Mariupol (região de Donetsk) e Lysychansk, Popasna e Sievierodonetsk (região de Luhansk)”.
Baixas militares
Atualmente, os conflitos estão mais concentrados nas proximidades das cidades de Bakhmut e Soledar, cenário de sangrentos combates na região de Donbass. De acordo com os serviços de inteligência da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a violência nessa área tem feito muitas vítimas também entre os militares. Sobretudo os russos.
De acordo com um funcionário da aliança ouvido pela rede CNN, cuja identidade foi preservada, para cada um soldado ucraniano morto há cinco russos que perdem a vida. A informação é compatível com as do governo ucraniano, que diz ter imposto duras perdas aos invasores durante as batalhas por Soledar e principalmente Bakhmut.
“Nossos defensores infligiram perdas significativas ao inimigo, destruíram um grande número de veículos, forçaram as melhores unidades de assalto do Wagner Group a lutar e reduziram o potencial ofensivo do inimigo”, disse o coronel-general Oleksandr Syrskyi, comandante das forças terrestres da Ucrânia.
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