A explosão de uma bomba levada por um terrorista suicida deixou duas pessoas mortas na província de Balkh, norte do Afeganistão, nesta quinta-feira (9). O Taleban confirmou o ataque e disse que uma das vítimas é o governador designado pelo grupo radical, segundo informou a agência Al Jazeera.
“Duas pessoas, incluindo Mohammad Dawood Muzammil, governador de Balkh, foram mortas em uma explosão nesta manhã”, disse o porta-voz da polícia Asif Waziri. “Foi um ataque suicida. Não temos informações de como o homem-bomba chegou ao gabinete do governador”.
Muzammil tinha forte atuação no combate ao Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), a filial afegã do grupo extremista originário da Síria e do Iraque. Entretanto, ao menos nos primeiros momentos após o ataque, a organização extremista não assumiu a autoria da explosão.
O governador de Balkh é até a agora a figura de mais alto cargo dentro do governo talibã a ser vitimada pela violência desde que o grupo radical assumiu o poder no Afeganistão em 2021. Um dia antes do ataque, ele havia se reunido com importantes membros do Taleban em Cabul.
Zabihullah Mujahid, porta-voz oficial do governo talibã, usou sua conta no Twitter para confirmar a morte. “Ficamos tristes em saber que o governador de Balkh, Mohammad Dawood Muzammil, foi martirizado em uma explosão pelos inimigos do Islã. Uma investigação sobre o incidente está em andamento”.
با تأسف فروان اطلاع به دست امد که والی بلخ الحاج ملامحمد داؤد مزمل از طرف دشمنان اسلام در یک انفجار با یک فرد ملکی دیگر شهید گردید.
— Zabihullah (..ذبـــــیح الله م ) (@Zabehulah_M33) March 9, 2023
انالله واناالیه راجعون
تحقیقات در مورد آغاز شده.
به شهید ملامزمل اخند جنة الفردوس و به خانواده و متعلقین وی صبرجمیل و اجر عظیم را خواهانیم. pic.twitter.com/npcrDhuAla
A morte de Muzammil ocorre em meio à crescente onda de violência que atinge o Afeganistão desde que o Taleban assumiu o poder. O grupo entrou inclusive na mira de entidades humanitárias globais por sua inabilidade no campo da segurança.
Em setembro do ano passado, a ONG Human Rights Watch (HRW) publicou relatório destacando a ineficiência dos talibãs em sua obrigação de proteger a população local, especialmente algumas minorias xiitas. O documento foca particularmente no caso dos hazaras, comunidade que vive principalmente na região de Hazarajat e é alvo preferencial do EI-K.
Agentes estatais talibãs também estão entre as vítimas habituais do grupo terrorista ligado ao Estado Islâmico (EI), que ultimamente tornou-se uma ameaça inclusive para estrangeiros. Isso tem gerado uma enorme dor de cabeça ao Taleban, com governos aliados cobrando mais eficiência dos governantes no comando da nação.
No início de fevereiro, o governo da Arábia Saudita evacuou diplomatas do país por questão de segurança. Já cidadãos da China estiveram em perigo duas vezes: em janeiro, quando um ataque ocorreu perto da embaixada do país em Cabul, e em dezembro de 2022, quando um hotel frequentado sobretudo por chineses foi alvo.
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