Todos os anos, mulheres de todo o mundo se reúnem na sede das Nações Unidas, em Nova York, para debater o progresso relacionado à igualdade de gênero e ao empoderamento feminino. A 67ª Sessão da Comissão da ONU sobre o Estatuto da Mulher (CSW) começa nesta segunda-feira (6) e vai até o dia 17 de março.
A presidente do Comitê sobre o Estatuto da Mulher, Mathu Joyini, disse que este ano haverá um número recorde de mulheres, vindas de diferentes partes do mundo.
Na última sessão totalmente presencial, em 2019, foram mais de 7 mil participantes, incluindo 2 mil representantes de Estados-membros, 5 mil da sociedade civil e 86 ministros.
Em 2023, o tema prioritário da CSW é a inovação, mudança tecnológica e educação na era digital para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas.
Mathu Joyini, que também é representante permanente da África do Sul na ONU, lembra que entre os assuntos abordados também estarão problemas de segurança e proteção enfrentados por mulheres em diferentes plataformas.
Longo caminho até a igualdade
Centenas de pessoas participam em plenárias ministeriais e eventos paralelos do que é considerado o maior evento global de mulheres. Entre os representantes estão delegações de Estados-membros, entidades das Nações Unidas e organizações não-governamentais.
De acordo com a ONU Mulheres, nas taxas atuais, levará quase mais três séculos para trazer igualdade para mulheres e meninas.
Prejudicadas por desigualdades persistentes, cerca de 383 milhões delas vivem em extrema pobreza. E a cada 11 minutos, uma mulher ou menina é morta por alguém de sua própria família.
Ações e resoluções
Criada em 1946, a Comissão sobre o Estatuto da Mulher é o principal órgão intergovernamental global dedicado exclusivamente à promoção da igualdade de gênero e ao empoderamento feminino. Este é o segundo maior evento no calendário da organização, depois da Assembleia Geral.
Em duas semanas de sessões, a comissão adotará programas de trabalho, avaliará os progressos alcançados e fará recomendações para acelerar a implementação da Plataforma de Ação de Pequim para o empoderamento das mulheres.
Além de examinar e adotar uma resolução do tema prioritário, a reunião anual deve acompanhar as metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável para o avanço da igualdade de gênero.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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