O governo norte-americano, através de sua embaixadora na ONU (Organização das Nações Unidas), Linda Thomas-Greenfield, afirmou na segunda-feira (21) que China e Rússia “encorajam” a beligerância da Coreia do Norte e impedem que o Conselho de Segurança atue para frear Kim Jong-un.
“Quantas vezes a RPDC (República Popular Democrática da Coreia) deve violar suas obrigações dentro da resolução do Conselho de Segurança da ONU antes que a China e a Rússia parem de proteger o regime da RPDC?”, questionou Thomas-Greenfield, de acordo com o site The Defense Post.
Segundo ela, Moscou e Beijing usam seu poder de veto, como membros permanentes do Conselho, para agir em favor de Pyongyang, “encorajando” a nação comunista a “lançar mísseis balísticos impunemente”.
Somente neste mês de março, a Coreia do Norte realizou cinco demonstrações de mísseis em protesto contra exercícios militares realizados por EUA e Coreia do Sul. A mais recente delas ocorreu na segunda-feira (20), pouco depois de os rivais colocarem aviões no ar como parte de suas manobras militares.
Enquanto Washington e Seul afirmam que os exercícios são defensivos, Pyongyang alega que são uma preparação para a invasão, o que justifica seus testes. No lançamento mais recente, o governo norte-coreano afirmou ter disparado um míssil nuclear que seria capaz de atingir a Coreia do Sul em caso de guerra, segundo a agência Associated Press (AP).
Nove nações que integram o Conselho de Segurança da ONU, algumas delas com assentos rotativos, assinaram uma declaração conjunta contra a Coreia do Norte. O texto afirma que a “crise crescente ameaça não apenas a região, mas a paz global e a estabilidade”, em meio ao “número sem precedentes” de mísseis disparados pelo regime de Jong-un.
Através de seu poder de veto, russos e chineses têm impedido que o Conselho imponha novas sanções a Pyongyang. A última delas foi estabelecida em 2017, ainda sob o governo de Donald Trump nos EUA. Em maio de 2022 o órgão fez sua tentativa mais recente de punir o regime, mas ela foi bloqueada pela negativa de Moscou e Beijing.
Segundo a embaixadora norte-americana, quem paga o preço mais alto é a população da Coreia do Norte. “O que eles estão fazendo é privar seu próprio povo da assistência humanitária necessária que aliviaria seu sofrimento e permitiria que a comunidade internacional chegasse e fornecesse a assistência humanitária necessária, o que todos estamos dispostos a fazer sem uma resolução”, disse ela.
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