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segunda-feira, 20 de março de 2023

Cólera é o novo desafio da ONU em meio à devastação de ciclone em Moçambique

A ONU (Organização das Nações Unidas) impulsionou o apoio à resposta em favor das vítimas das inundações e do ciclone Freddy em Moçambique. O combate à cólera é o novo desafio, após o evento extremo que arrasou vastas áreas do país por duas vezes.

Na província da Zambézia, foram diagnosticados cerca de 600 casos da doença e de diarreias agudas desde fevereiro. Oito pessoas perderam a vida devido ao surto e mais de 250 pacientes foram internados.

A coordenadora residente das Nações Unidas, Myrta Kaulard, reiterou o apoio aos planos das autoridades para minimizar a situação. Autoridades meteorológicas acompanham o movimento do ciclone ainda ativo.

Alagamento causado pela tempestade tropical Ana em Moçambique (Foto: Unicef)

“Sobretudo a purificação da água, a hidratação das pessoas e atribuição de antibióticos”, afirmou Kaulard sobre as prioridades. “O estoque que temos é muito baixo, o Ministério da Saúde foi incrível ao fazer uma campanha de vacinação contra a cólera durante as inundações. Cerca de 719 mil vacinas foram administradas durante as inundações. O país tem 1,4 milhão de vacinas, mas é necessário fazer mais”.

A chefe humanitária em Moçambique destacou algumas áreas nas quais será aplicado o dinheiro atualmente disponível para ajuda, com destaque para os setores da agricultura e da alimentação.

“Estes US$ 10 milhões que recebemos do fundo de emergência das Nações Unidas vão ser utilizados para mobilizar material de água, saneamento, saúde, lonas para abrigos, também sementes e alimentos, porque outro enorme problema é que todas estas inundações destruíram muitas terras férteis que estavam prontas para a colheita. Estamos a falar de muitas famílias que perderam a colheita”, disse.

Para além da cólera, um possível terceiro período de chuvas fortes é também uma preocupação para parceiros humanitários. “Ainda não vimos todo impacto do ciclone Freddy. Mais de 200 milímetros de chuva num dia. Esta é a quantidade de chuva correspondente a um mês”, explicou.

A chefe da ONU citou que o número reduzido de perdas humanas se deve a colaboração entre o Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) e o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD). Moçambique teve cerca de duas dezenas de óbitos durante o ciclone.

“Até agora não vimos muita perda de vidas humanas. O país dispõe de competências técnicas e de capacidades para trabalhar com imagens de satélites e antecipar o impacto dos ciclones com uma precisão muito alta, permitindo que o Ingd possa informar todas as populações destas zonas e que elas possam ser evacuadas para os abrigos”, disse Kaulard.

Dados do INGD indicam que mais de 38 mil hectares de terras cultivadas foram perdidos, enquanto outros 179 mil de terras cultivadas foram inundadas. O órgão indica que a província da Zambézia é a mais afetada, com cerca de 211 mil pessoas. O segundo maior número de vítimas foi em Sofala, com 33,4 mil pessoas.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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