A Parceria para a Disponibilização de Vacinas Covid-19 (CoVDP) e o Governo da Guiné-Bissau concordaram em levar a cabo mais duas campanhas de vacinação contra a doença até o final deste ano, a fim de melhorar os níveis de imunização no país. Já foram vacinados mais de 17% dos cidadãos, e a meta é alcançar 70%.
O coordenador global da missão conjunta da OMS (Organização Mundial de Saúde) e do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Ted Chaiban, lembra que as vacinas protegem contra infeção grave, hospitalização e morte. E que, embora não previnam por completo o risco de contrair Covid-19, reduzem a transmissibilidade.
Chaiban afirma ser importante que os cidadãos, sobretudo os mais vulneráveis, possam se vacinar para que protejam a si mesmos e às pessoas próximas e para que a economia permaneça aberta. Nesse sentido, ele pede para que as vacinas sejam disponibilizadas através de serviços de rotina.
Ao todo, 351 mil guineenses foram vacinados desde o início do ano, apesar dos desafios e prioridades.
Uma boa prestação, que segundo o chefe da missão é demonstração de liderança do país e empenho dos parceiros.
Ele disse ser preciso continuar com o esforço para atingir mais pessoas, focando nas mais vulneráveis, pessoal de saúde e outros trabalhadores da linha de frente. Idosos acima dos 60 anos e pessoas com patologias prévias ou sistema imunológico comprometido, como as que vivem com HIV-Aids, pressão arterial, diabetes e outras doenças.
Foco nas crianças
A campanha aponta a vacinação como meio de identificar as crianças que ficaram de fora da imunização de rotina, através de inquisição dos avós e dos pais. Dados indicam que níveis de imunização de rotina caíram de 83% para 63% devido às medidas restritivas da Covid-19.
Atualmente, OMS, Unicef, Gavi e Banco Mundial trabalham na revitalização destes níveis de cobertura de vacinas para crianças no país.
Chaiban contou que o governo deixou claro que vai apoiar as duas campanhas para acelerar o esforço, a integração da Covid-19 nos serviços de rotina e a introdução de doses de reforço para a população prioritária.
O orçamento para o período de aceleração é de US$ 30 milhões, dos quais US$ 20 milhões estão disponíveis, e a parceria promete fornecer os restantes US$ 10 milhões .
A missão manteve encontros com o governo e organizações da sociedade civil, nos quais reiterou a disponibilidade de alocar fundos ao orçamento para manter o esforço da Covid-19, aconselhando o país a manter o esforço, investir recursos na saúde e resolver o pagamento do pessoal de saúde que tem os salários atrasados atualmente.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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