A FSB (Agência de Segurança Federal russa, da sigla em inglês) apontou nesta segunda-feira (29) um outro ucraniano suspeito pela morte de Darya Dugina, filha do filósofo ultranacionalista russo Alexander Dugin, um aliado do presidente Vladimir Putin. Ela foi vítima de um atentado no último dia 20, quando seu carro explodiu nos arredores de Moscou. As informações são da agência Reuters.
Segundo a FSB, o segundo suspeito é Bodan Petrovich Tsyganenko, que supostamente teria colaborado com Natalya Vovk, acusada de ter detonado a bomba no carro de Darya. Ele foi apontado como integrante de um “grupo terrorista e de sabotagem” ucraniano e teria planejado e executado o assassinato da jornalista de 29 anos.
Darya Dugina em Donbass, onde teria trabalhado para propaganda do Kremlin (Foto: Twitter/reprodução)
Dois dias após a explosão, a FSB declarou que a morte de Darya havia sido executada por uma cidadã ucraniana – Natalya – que vivia na Rússia junto da filha desde julho, sendo a autora descrita como uma “prestadora de serviços especiais ucraniana”. Após a explosão, a suspeita teria deixado Moscou rumo à Estônia.
De acordo com a agência estatal de notícias russa Tass, os serviços de segurança do país descreveram o homem de 44 anos como sendo um agente dos serviços secretos ucranianos. Tsyganenko supostamente também entrou na Rússia vindo da Estônia no dia 30 de julho, tendo deixado o país um dia antes de Darya ser morta.
A FSB o acusa de ter fornecido placas falsas e documentos falsos a Natalya sob o nome de um cidadão cazaque, além de ter ajudado a montar o carro-bomba em uma garagem alugada em Moscou, conforme mostram imagens de um circuito interno de televisão divulgadas pela agência.
O serviço de segurança russo acrescentou que as investigações continuam com os esforços para identificar outros envolvidos. Autoridades ucranianas negam qualquer envolvimento na explosão.
O pai da vítima, Alexander Dugin, é frequentemente apontado pelo Ocidente como “um grande conselheiro”, “cérebro” ou “ideólogo” do líder russo. Após o atentado que tirou a vida da filha, Dugin disse em um canal de Telegram que Darya era um “sacrifício” pelo êxito de Moscou na guerra com a Ucrânia. “Precisamos da vitória. Então, por favor, conquiste-a”.
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