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quinta-feira, 23 de junho de 2022

ONU lamenta número recorde de funcionários mortos em ação em 2021

A ONU (Organização das Nações Unidas) realizou na quarta-feira (22) o Memorial Anual para honrar os funcionários que morreram enquanto trabalhavam para a organização no ano passado. O secretário-geral António Guterres falou na cerimônia e destacou que, no período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2021, aconteceu o maior número de mortes de servidores em um ano. 

No total, 485 funcionários das Nações Unidas morreram em 2021, sendo 414 civis. De acordo com o chefe da organização, eles eram de 104 nações de todos os cantos do mundo.

Em nome dos servidores, Guterres afirmou que as vítimas “trabalharam para fazer a diferença” e prometeu continuar com a “mesma dedicação e coragem que definiram o trabalho deles”. Acrescentou, ainda, que espera que “a memória deles seja uma bênção e uma inspiração para todos nós”.

Segundo a ONU, desde sua fundação, mais de 3,5 mil homens e mulheres perderam a vida enquanto serviam à entidade.

Boina azul da ONU em missão de paz na República Centro-Africana (Foto: MINUSCA/Leonel Grothe)

Histórico

Ole Bakke, norueguês servindo na Palestina, foi a primeira vítima da história da ONU, morto a tiros em julho de 1948. Dois meses depois, Folke Bernadotte, da Suécia, mediador da ONU na Palestina, foi o segundo a ser morto. Já o secretário-geral Dag Hammarskjöld, junto com outras 15 pessoas, morreu em um acidente de avião na antiga Rodésia, atual Zâmbia, em 1961.

Três décadas depois da morte de Hammarskjöld, o número e a escala crescentes de missões de paz da ONU passaram a colocar muitos funcionários em risco. Mais vidas foram perdidas durante a década de 1990 do que nas quatro décadas anteriores combinadas.

Recentemente, a ONU se tornou um alvo como entidade, com suas instalações atacadas três vezes: em Bagdá, 2003, Argel, 2007, e Cabul, 2009. O atentado em Bagdá levou à morte do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que servia como alto comissário para os direitos humanos.

De 2013 a 2017, um aumento consistente nas mortes de soldados de paz devido a atos violentos resultou em 195 mortes.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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