Em função das variantes BA.4 e BA.5, os casos de Covid-19 aumentaram em ao menos 110 países, um crescimento total de 20% em todo o mundo. Também foi registrado um aumento no número de mortes em função da doença em três das seis regiões do mundo monitoradas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
O chefe da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na quarta-feira (29) que o número global geral permanece “relativamente estável”, mas que ninguém deve ter nenhuma ilusão de que o coronavírus está sumindo. “Esta pandemia está mudando, mas não acabou. Avançamos, mas ainda não acabou”, declarou.
Segundo ele, “somente com uma ação conectada de governos, agências internacionais e setor privado podemos resolver os desafios convergentes”.
Quanto à imunização, a OMS afirma que o prazo otimista de meio do ano para que todos os países vacinem pelo menos 70% de suas populações parece improvável, com a taxa média nos países de baixa renda sendo de 13%. Tedros argumentou que, se não compartilharmos as vacinas de forma equitativa, “então minamos a filosofia de que todas as vidas têm o mesmo valor”.
Pelo lado positivo, nos últimos 18 meses, mais de 12 bilhões de vacinas foram distribuídas em todo o mundo e 75% dos profissionais de saúde do mundo e pessoas com mais de 60 anos agora estão vacinados.
Vacina salva vidas
A influente revista médica Lancet estima que 20 milhões de vidas foram salvas por causa das vacinas. Entretanto, no ano passado, o acúmulo de vacinas por países ricos e manufatureiros provou ser a maior barreira ao acesso às doses. Já neste ano, Tedros afirmou que os problemas são outros: o vacilante “compromisso político de levar as vacinas às pessoas e os desafios da desinformação”.
O chefe da OMS reforçou o pedido para que todos os grupos de risco sejam vacinados e recebem as doses de reforço mais rápido possível. “Para a população em geral, também faz sentido continuar fortalecendo essa parede de imunidade, o que ajuda a diminuir a gravidade da doença e diminui o risco de uma condição longa ou pós-Covid”, afirmou.
Quanto aos casos “leves”, embora tendam a ser ignorados, são igualmente preocupantes e prejudiciais, pois mantêm crianças fora da escola e adultos afastados de seus empregos, “o que causa mais interrupções econômicas e na cadeia de suprimentos”.
Tedros disse ainda que, atualmente, um dos desafios da OMS é garantir o financiamento para “vacinas de segunda geração”, bem como testes e tratamentos. “A solução ideal seria o desenvolvimento de uma vacina pan-coronavírus que abrangesse todas as variantes até agora e potencialmente futuras”, declarou o chefe da entidade, acrescentando que a tendência é surgirem novas variantes de preocupação.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News
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