A Acnur (Agência da ONU para Refugiados) informou que o ano de 2020, marcado pela pandemia de Covid-19, revelou um outro grande desafio. A contaminação com a malária, a doença mais comum dentre a população refugiada no ano passado.
Entre os refugiados que morreram nesse período, em 20% dos casos a causa foi malária. Para combater a doença, a Acnur contribuiu para garantir o acesso a diagnóstico e tratamento e ajudar as comunidades a reduzir a exposição às picadas de mosquito, fornecendo inseticidas e redes mosquiteiras.
Pandemia
Os danos psicológicos causados pela Covid-19 e a desnutrição aguda foram as outras principais ameaças à saúde da população refugiada, de acordo com a agência.
Garantir equipamentos de proteção, aparelhos de oxigênio, testes que detectam o vírus e medicamentos também foram outras tarefas da Acnur em 2020, quando a agência também buscou garantir o acesso aos serviços de saúde mental.
Sajjad Malik, diretor da Divisão de Resiliência e Soluções da Acnur, disse que, assim que os confinamentos acabaram e as restrições foram diminuindo, a utilização dos serviços de saúde foi retomada.
Em quase 160 acampamentos de refugiados em 19 países, foram registrados mais de 112 mil nascimentos. Mas muitas mulheres acabaram por morrer de complicações na gravidez ou no parto. A perda de crianças menores de cinco anos de idade continua preocupando.
A desnutrição severa é outro problema para a população refugiada. Em países como Chade e Ruanda, a Acnur forneceu, por telefone ou por rádio, aconselhamento sobre práticas de alimentação a bebês e crianças.
No ano passado, a agência da ONU ajudou a garantir o acesso a serviços de saúde em 50 países que, juntos, abrigam um total de 16,5 milhões de refugiados.
Segundo Malik, o financiamento continua sendo crucial para a resposta à pandemia e para garantir que os refugiados tenham acesso a todos os serviços de saúde física e mental.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News.
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