O Paquistão anunciou na segunda-feira (26) a reabertura de um posto de fronteira com o Afeganistão no sudoeste do país. Logo nas primeiras horas após a reabertura, o posto de Chaman-Spin Boldak registrou a travessia de mais de 100 caminhos rumo ao território afegão, segundo a agência Reuters.
A passagem estava fechada desde que se intensificou a disputa pelo controle da região fronteiriça no Afeganistão. Agora, a intenção do governo paquistanês é manter a travessia em operação durante seis dias por semana. Poucas horas antes da reabertura, 46 soldados afegãos atravessaram a fronteira em busca de refúgio no Paquistão após o Taleban assumir o controle de seus postos.
O general Kenneth McKenzie, chefe do Comando Central dos EUA e supervisor das forças do país no Afeganistão, disse no domingo (25) que o governo afegão tentava recuperar o controle da região de Spin Boldak.
Do lado afegão, não há informações precisas sobre quem faz o controle de imigração desde que os talibãs assumiram o controle da área fronteiriça.
Tensão na fronteira
Uma fronteira que tem se tornado especialmente tensa na região é entre Afeganistão e Tadjiquistão. Conforme o avanço do Taleban, militares tadjiques têm sido mobilizados, e mais de 200mil tropas já foram enviadas à zona fronteiriça. No início do mês, mais de mil soldados afegãos atravessaram a fronteira em busca de abrigo no país vizinho.
Devido ao problema, os exércitos de Rússia e Uzbequistão vão se unir ao Tadjiquistão para uma série de manobras militares no mês de agosto. As forças armadas russas devem deslocar para a região unidades veiculares de montanha, tanques e estrutura de artilharia.
“Vamos aperfeiçoar os esforços militares conjuntos contra formações armadas ilegais que intervêm no território de um país aliado“, disse o comandante do Distrito Militar Central da Rússia, Aleksandr Lapin.
No Brasil
Casos mostram que o Brasil é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.
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