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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Austrália diz que China ‘abriu as portas’ de servidor da Microsoft para invasão hacker

Os ataques cibernéticos contra servidores da plataforma de mensagens Microsoft Exchange, ocorridos em março deste ano, tiveram a China como facilitadora. A alegação foi feita na quinta-feira (29) por Rachel Noble, diretora-geral da agência australiana de inteligência (ASD, na sigla em inglês).

De acordo com Noble, o governo chinês tomou conhecimento de falhas na segurança do sistema e, então, “deixou as portas abertas” para a invasão de hackers.

“Para descrevê-lo em linguagem simples, seria como se as casas e edifícios tivessem fechaduras defeituosas nas portas”, disse a chefe da ASD. “Quando o governo chinês tomou conhecimento dessas fechaduras defeituosas nas portas, ele entrou e manteve todas aquelas portas abertas”.

Rachel Noble durante evento tecnológico na Austrália em 2019 (Foto: reprodução Twitter)

Ao afirmar que as ações foram sancionadas por Beijing, Noble disse que os chineses haviam “cruzado a linha”, motivando a criação de uma força-tarefa para combater a ameaça digital. Já o o secretário para Assuntos Internos da Austrália, Michael Pezzullo, afirmou que tais “ações imprudentes não devem ser toleradas.

De acordo com Noble, a estimativa é de que cerca de 70 mil empresas e organizações na Austrália utilizam um servidor Microsoft Exchange. “Portanto, é um ataque em uma escala extremamente grande e significativa”, observou.

Combate aos hackers

O episódio havia motivado a criação de uma aliança entre Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), UE (União Europeia), Japão, Austrália e Nova Zelândia. Individualmente, o governo australiano também debate a criação de uma legislação para aumentar a proteção do país contra ataques cibernéticos.

Segundo o jornal The Australian Financial Review, se aprovados, os novos poderes darão às agências governamentais o poder de “intervir” quando uma empresa está sob ataque cibernético.

A embaixada chinesa em Camberra rejeitou na semana passada a declaração da Austrália, que alegou ser “sem fundamento”.

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