Segundo autoridades nigerianas, após 42 dias de cativeiro, mais de 100 vítimas sequestradas no começo de junho por homens armados na cidade de Manawa, noroeste do país, foram libertadas nesta quarta-feira (21). As informações são da ABC News.
A ação foi executada por um grupo conhecido como “Bandidos”, milícias armadas que agem por dinheiro e são responsáveis por uma onda de sequestros em massa de jovens em idade escolar na Nigéria. Entre as vítimas estavam mães e crianças.
O porta-voz da polícia no Estado de Zamfara, Mohammed Shehu, relatou que o governo “conseguiu a libertação das vítimas sem pagamento de resgate”.
A violência do bando, que também saqueia e queima residências, já deixou mais de 8 mil mortos, segundo um relatório de maio de 2020 do International Crisis Group (ICG – da silga em inglês), uma ONG especializada na resolução e na prevenção de conflitos armados internacionais.
O incidente mais recente ocorreu em 5 de julho, quando 120 estudantes foram feitos reféns na Escola Secundária Bethel Baptist, em Kaduna. Os jovens ainda estão em cativeiro.
Lei propõe criminalizar resgate
Sequestros em massa ocorrem com frequência na Nigéria. Mais de 800 estudantes foram sequestrados desde dezembro, dos quais pelo menos 150 continuam desaparecidos. Muitos desses crimes são cometidos por insurgentes armados do grupo Boko Haram.
Recentemente, um projeto de lei que tramita no Parlamento nigeriano propôs proibir que civis paguem resgates para libertar vítimas, reportou a emissora VOA (Voice of America). Se aprovado, o dispositivo criminaliza o pagamento pela soltura das vítimas com até 15 anos de prisão.
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