Um confronto entre forças de segurança nacionais e o grupo jihadista Boko Haram no norte dos Camarões, na segunda-feira (26), terminou com a morte de ao menos 17 extremistas, cinco militares e um civil. A informação foi divulgada pelo Ministério da Defesa e reproduzida pela agência estatal chinesa Xinhua.
Segundo as fontes militares, “uma horda de terroristas fortemente armados do Boko Haram, e a bordo de vários veículos táticos ligeiros, atacou o posto de comando da MNJTF (Força Tarefa Conjunta Multinacional, da sigla em inglês) às 22h30 (…) localizado em Zigué”.
O confronto aconteceu no extremo norte do país, que faz fronteira com o Estado nigeriano de Borno, uma região com forte presença do Boko Haram. Além das vítimas fatais, três soldados e um civil ficaram feridos.
“As tropas permanecem em alerta máximo em todo o extremo norte e nas fronteiras para evitar possíveis novos ataques dos terroristas do Boko Haram, que parece ter recuperado a sua força na sequência da restruturação interna da sua ideologia”, acrescenta a declaração.
No último sábado (24), oito soldados camaroneses e 20 militantes foram mortos quando os insurgentes invadiram um posto militar avançado em Sagme, outra localidade da região.
Conflito de 11 anos
A MNJTF é um esforço militar conjunto criado por Camarões, Chade, Níger, Nigéria e Benin para combater o Boko Haram e o ISWAP (Estado Islâmico da Província do Oeste da África), que ameaça a estabilidade desses países e de toda a região.
Terroristas do Boko Haram lutam há 11 anos para criar um califado islâmico no nordeste da Nigéria. A luta se espalhou para Camarões, Chade, Níger e Benin, com assassinatos regulares, queima de mesquitas, igrejas, mercados e escolas e ataques a instalações militares.
A ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que a violência do Boko Haram matou 30 mil e deslocou cerca de dois milhões de pessoas.
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