Um ataque armado terminou com a morte de 19 civis em Banibangou, zona rural do Níger, perto da tríplice fronteira com Mali e Burkina Faso. Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado desta quarta-feira (29), de acordo com o site paquistanês UrduPoint.com.
Com os eventos de quarta, chega a 33 o total de civis mortos na região em uma semana. No último domingo, outras 14 pessoas haviam morrido em um evento similar.
Banibangou tem registrado seguidos casos de violência empreendida por jihadistas. Em março deste ano, a ação de um grupo de milicianos matou 66 pessoas. Posteriormente, em junho, na região vizinha de Tondikiwindi, 14 pessoas foram mortas.
Um dos países mais pobres do mundo, o Níger há anos luta contra a insurgência de grupos jihadistas perto da divisória com o Mali, no sudoeste do país. A tríplice fronteira tem forte atuação dos extremistas. No sudeste, onde o país faz fronteira com a Nigéria, a maior ameaça é o Boko Haram.
Onda jihadista
Cerca de 200 km a sudoeste de Banibangou, Tillaberi é considerada o novo epicentro da onda jihadista que tomou o Sahel Central. Os assassinatos são parte de uma onda de ataques promovidos por grupos armados ligados ao EI (Estado Islâmico) e à Al-Qaeda na região da tríplice fronteira do Níger com o Mali e com Burkina Faso.
A violência aprofunda os desafios de segurança enfrentados pelo novo presidente do Níger, Mohamed Bazoum, eleito no final de fevereiro. Bazoum ocupa o lugar de Mahamadou Issoufou, à frente do país desde 2011, que deixou o poder após dois mandatos na primeira transição presidencial pacífica do país desde a independência da França, em 1960.
Níger classificou a violência jihadista como a maior mortal em anos. O país mais pobre do mundo, conforme classificação da ONU (Organização das Nações Unidas) ainda luta contra o alastramento do Boko Haram, da Nigéria, que avança sobre o sudeste do país.
No Brasil
Casos mostram que o Brasil é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.
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