As mortes por Covid-19 tiveram uma alta de 21% na última semana no mundo. Os dados são da OMS (Organização Mundial de Saúde), que registrou 69 mil mortes e 3,8 milhões de novos casos entre dias 19 e 25 de julho, uma média de 540 mil diagnósticos positivos por dia. Desde o início, a pandemia já fez mais de 4,1 milhões de vítimas fatais.
A OMS analisa que a alta no número de casos deve-se ao aumento registrado nas Américas e no Oeste no Pacífico. Estados Unidos, com 34,2 milhões de casos, Índia, com mais de 31,4 milhões, e Brasil, com mais de 19,6 milhões, continuam sendo os países do mundo mais afetados desde que a pandemia teve início.
De acordo com a agência, se a tendência de alta continuar, o números de casos acumulados desde o início da crise deverá ultrapassar os 200 milhões nas próximas duas semanas.
Das quatro mutações Covid-19 que a OMS considera “variantes preocupantes”, a Alfa está presente em 182 países, a Beta está em 131, a Gamma, em 81, e, depois de atingir oito novos países na semana passada, a variante Delta está agora em 132 países.
Nas Américas
A OMS também afirma que já foram administradas mais de 3,7 bilhões de doses da vacina. Mas, mesmo assim, o vírus continua se reproduzindo com rapidez.
Segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) os novos casos de Covid-19 nos Estados Unidos mais que duplicaram na última semana, principalmente entre pessoas que não foram vacinadas.
A diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, afirmou nesta quarta-feira que Argentina, Colômbia, Cuba e Paraguai estão entre as nações que tiveram o maior número de mortes nos últimos dias.
Etienne lamentou que muitos lugares estejam relaxando as medidas de prevenção e as regras sociais e lembrou que o vírus segue as pessoas onde quer que elas estejam. Até agora, apenas 16,6% dos habitantes da América Latina e do Caribe já receberam as duas doses da vacina.
Vacinas de rotina
A chefe da Opas ressaltou os impactos da pandemia de coronavírus nas campanhas de imunização de rotina. Segundo ela, mais de 300 mil crianças da região, a maioria do Brasil e do México, não receberam as vacinas básicas no último ano.
Etienne faz um alerta: se a tendência não for revertida, as Américas correm o “risco de uma avalanche de problemas de saúde”.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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