O governo de Camarões afirmou que centenas de pessoas tiveram que deixar suas casas e fugir da cidade de Sagme, no norte do país, perto da fronteira com a Nigéria, após um ataque do Boko Haram. Combatentes do grupo jihadista atravessaram a fronteira e mataram oito militares num confronto com as forças de segurança nacionais. Outros 13 soldados ficaram feridos, de acordo com a rede Voice of America.
O confronto aconteceu no extremo norte de Camarões, que faz fronteira com o Estado nigeriano de Borno, uma região com forte presença do Boko Haram. De acordo com o capitão do exército camaronês Cyrille Serge Atonfack Guemo, os militares reagiram, e os combatentes fugiram de volta à Nigéria levando os corpos dos colegas mortos. Não se sabe ao certo quantos jihadistas morreram.
O presidente dos Camarões, Paul Biya, ordenou o envio de mais tropas para proteger o extremo norte do país. Ele disse ainda que os civis em fuga devem retornar às suas casas, pois os militares foram redistribuídos para assegurar a proteção da região.
Em dezembro de 2020, Midjiyawa Bakari, governador da região do Extremo Norte de Camarões, denunciou a ligação de altos funcionários públicos com o grupo jihadista. A revelação veio depois que militares camaroneses prenderam Blama Malla, um ex-parlamentar, por supostamente fornecer gado ao Boko Haram.
Terroristas do Boko Haram lutam há 11 anos para criar um califado islâmico no nordeste da Nigéria. A luta se espalhou para Camarões, Chade, Níger e Benin, com assassinatos regulares, queima de mesquitas, igrejas, mercados e escolas e ataques a instalações militares.
As Nações Unidas relatam que a violência do Boko Haram matou 30 mil pessoas e deslocou cerca de dois milhões de pessoas.
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