Cerca de 3 mil pessoas da República Centro Africana encontraram ajuda humanitária em Camarões. De acordo com a VOA, comida, colchões e cobertores foram colocados à disposição dos deslocados, que deixaram suas casas em meio à violência que explodiu após a eleição presidencial de dezembro.
Em meio à crise no país vizinho, Paul Atanga Nji, ministro da administração territorial camaronês, liderou uma delegação que seguiu até o leste do país para avaliar a situação. A VOA estima que 700 pessoas chegaram à região só na última sexta-feira (11).
O governo de Camarões informa que enviou 17 caminhões com donativos. Segundo Nji, porém, não existe a expectativa de que as pessoas recebam abrigo permanente no país.
O presidente camaronês Paul Byia teria dito para os deslocados “viverem em paz e respeitarem a legislação de Camarões”, de acordo com o prefeito. Por outro lado, também teria questionado quando planejam retornar voluntariamente à República Centro Africana.
Conflitos
A situação não é totalmente pacífica em Kentzou, segundo o prefeito Donatien Barka. Já surgem os primeiros relatos de conflitos entre os deslocados centro-africanos e a população local.
O histórico recente explica os conflitos. Entre 2017 e 2020, Barka relembra que cerca de 32 mil deslocados buscaram refúgio na região, sendo que Kentzou tem somente 28 mil habitantes. À época, surgiram acusações de furto de comida e gado.
Atualmente, não há um levantamento preciso de quantos deslocados se instalaram definitivamente na região, devido à ineficiência do controle fronteiriço. O prefeito afirma que a chegada de centro-africanos é comum sempre que explodem conflitos por lá.
A fronteira entre os dois país é de aproximadamente 900 quilômetros, e o governo camaronês calcula que cerca de 300 mil pessoas provenientes da República Centro Africana vivam em Camarões atualmente.
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