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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Com vacina a caminho, malária viu infecções e mortes se manterem estáveis em 2021

O Relatório Mundial sobre Malária, divulgado nesta quinta-feira (8) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que a doença matou 619 mil pessoas em todo o mundo no ano passado. Em 2019, houve 568 mil óbitos, enquanto no ano da pandemia, em 2020, 625 mil pessoas perderam a vida para a malária.

A maioria dos países com alta prevalência da infecção conseguiu evitar regressos graças à prevenção, à testagem e aos serviços de tratamento.

Mauricio Cysne, diretor de relações exteriores da Unitaid, uma agência da ONU, falou sobre os esforços por uma vacina contra a malária.

“A Unitaid continua seu trabalho também na busca de uma vacina que está agora em teste, em Moçambique e outros países da região”, disse ele. “Esperando que, em breve, a malária seja uma doença tratável e prevenível”.

Bebê é testado para malária no estado de Adamawa, na Nigéria (Foto: Unicef/Andrew Esiebo)

Em todo o mundo, os casos de malária continuaram subindo, mas a um ritmo mais lento que entre 2019 e 2020. O total de casos alcançou 247 milhões em 2021, comparado com 245 milhões no ano passado e 232 milhões em 2019.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que, com a subida de novas infecções no primeiro ano da pandemia, os países afetados pela doença redobraram seus esforços para mitigar os piores impactos da Covid sobre os cuidados contra a malária.

Alguns desses cuidados foram os mosquiteiros tratados com inseticida (ITN na sigla em inglês). Em 2020, os países distribuíram mais redes que em qualquer ano. Já em 2021, foi planejado repartir 171 milhões de mosquiteiros, mas entregues, de fato, 128 milhões.

Mesmo assim, oito nações: Benin, Eritreia, Indonésia, Nigéria, Ilhas Salomão, Tailândia, Uganda e Vanuatu distribuíram menos de 60% dessas redes. Já sete países: Botsuana, República Centro-Africana, Chade, Haiti, Índia, Paquistão e Serra Leoa não fizeram qualquer entrega de mosquiteiros.

A prevenção com remédios da malária sazonal é recomendada para prevenir a doença entre crianças em áreas com alta incidência de transmissão na África. Em 2021, esse tipo de recurso chegou a quase 45 milhões de menores em 15 países africanos, um aumento para 33,4 milhões em 2020 contra 22,1 milhões em 2019.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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