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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

EUA consideram enviar à Ucrânia uma nova arma, com alcance de 150 quilômetros

Enquanto o Ocidente luta para atender à demanda ucraniana por mais armas, os Estados Unidos estão considerando uma proposta da Boeing para fornecer ao país invadido bombas pequenas, baratas e de alta precisão, que podem fazer a diferença no front. As informações são da agência notícias Reuters.

A arma, conhecida como Bomba de Pequeno Diâmetro Disparada do Solo (GLSDB, do inglês Ground-Launched Small Diameter Bomb), pode viajar mais de 150 quilômetros e permitiria a Kiev atacar atrás das linhas militares russas. Ela combina a bomba de pequeno diâmetro GBU-39 com o motor de foguete M26, ambos comuns nos estoques dos EUA.

O GLSDB é produzido em conjunto pela empresa sueca de defesa e segurança Saab e a Boeing e está em desenvolvimento desde 2019. 

Fabricante define o armamento como “excepcionalmente flexível, altamente eficaz e preciso em longas distâncias” (Foto: Saab/Divulgação)

Os EUA e seus aliados ocidentais estão somando esforços para atender à demanda da Ucrânia por equipamento militar, quando o país enfrenta uma necessidade crescente de armas mais sofisticadas à medida que a guerra, que completou nove meses na última quinta-feira (24), se arrasta. A artilharia poderia ser entregue já na primavera europeia de 2023, que tem início em março.

Em entrevista coletiva no Pentágono na semana passada, Doug Bush, o principal comprador de armas do Exército dos EUA, disse que o país também estava buscando acelerar a produção de projéteis de artilharia de 155 milímetros – atualmente fabricados apenas em instalações do governo – permitindo que empreiteiros de defesa os construíssem.

A agressão russa à Ucrânia impulsionou a demanda por armas e munições de fabricação americana, principalmente o Himars (Sistema de Artilharia de Foguetes de Alta Mobilidade, da sigla em inglês), que tem alcance de até 300 quilômetros e é tido como fundamental na campanha pela reconquista de Kherson. Isso porque o lançador de foguetes pode ser posicionado fora do alcance da artilharia russa, graças à mobilidade do armamento.

Os EUA e o Reino Unido comprometeram-se a prestar a ajuda militar mais direta à Ucrânia até o início de outubro, de acordo com um rastreador do Instituto de Kiel para a Economia Mundial.

Enquanto isso, as indústrias de armas da Europa Central e Oriental estão alegadamente produzindo armas, munições e outros suprimentos militares em um ritmo não visto desde a Guerra Fria.

Os antigos países do Pacto de Varsóvia vêem a ajuda à Ucrânia como uma questão de segurança regional.

Rússia já admitiu o impacto que o armamento fornecido à Ucrânia por nações ocidentais tem na guerra em curso na Europa. Nos últimos meses, aliados do presidente Vladimir Putin manifestaram preocupação com o aumento do poder de fogo de Kiev, capaz de atingir alvos russos bem atrás da linha de frente.

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