O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) realizou uma reunião na segunda-feira (7) que teve como foco o progresso na eliminação do programa de armas químicas na Síria.
A alta representante para os Assuntos de Desarmamento da ONU, Izumi Nakamitsu, disse aos 15 Estados-Membros do órgão que é imprescindível identificar e responsabilizar todos os que usaram esse tipo de armamento.
Ela declarou que ,se isso não for feito, o fracasso não seria apenas na falha em fazer justiça às vítimas, mas também continuaria a “erosão constante do tabu contra o uso de armas químicas” e seria estabelecido um precedente perigoso.
Para a chefe do desarmamento da ONU, somente responsabilizando e permitindo a prestação de contas será possível restaurar totalmente o tabu em relação a essas armas. Ela apelou à união do Conselho de Segurança em torno da questão.
Cerca de 20 pontos sobre a Síria ainda estão pendentes desde 2019. A secretaria técnica da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) ainda não recebeu informações solicitadas ao país, com um conflito que se desenrola há cerca de 12 anos.
Izumi Nakamitsu considera a cooperação das duas partes “essencial para encerrar todas as questões sobre armas químicas” que estão ainda por se resolver na Síria. Ela disse que lacunas, inconsistências e discrepâncias identificadas e ainda sem solução mantêm o país há anos sob atenção mensal do Conselho.
A representante ressaltou que, na atual fase, as declarações feitas pela Síria não podem ser consideradas “precisas e completas” de acordo com a Convenção sobre Armas Químicas.
O 109º relatório mensal do secretário-geral, apresentado na reunião, confirma a destruição de todas as 27 instalações de produção de armas químicas que foram declaradas pelo país.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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