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sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Ataque do Boko Haram termina com a morte de 26 soldados do exército do Chade

Vinte e seis soldados do exército do Chade foram mortos nesta quinta-feira (5) durante ataque do grupo Boko Haram na conturbada região do Lago Chade, na fronteira com Camarões, noticiou o jornal nigeriano Punch.

“Vinte e seis soldados do Exército chadiano caíram no campo de honra e outros 14 ficaram feridos, oito deles gravemente. Vários terroristas foram neutralizados e a busca continua”, disse o porta-voz do Exército, general Azem Bermandoa Agouna. Um balanço anterior feito pelas autoridades dava conta de 24 baixas.

De acordo com Agouna, o ataque ocorreu em Tchoukou Telia, uma ilha a 190 km da capital N’Djamena.

Soldados do Exército Chadiano durante treinamento antiterrorista (Foto: Wikimedia Commons)

Território violento

O Lago Chade é uma vasta área de águas e pântanos compartilhada por Níger, Nigéria e Camarões, além do próprio Chade.

Militantes do Boko Haram e um grupo rival, o ISWAP (Estado Islâmico da Província do Oeste da África), vêm ocupando a região há anos, estabelecida como um reduto extremista e de onde parte a maioria dos atentados a civis e tropas.

Em março de 2020, cerca de 100 soldados chadianos foram mortos em um ataque noturno na península de Bohoma, gerando uma ofensiva liderada pelo então presidente do Chade Idriss Déby.

Déby foi morto em abril de 2021, depois de ser ferido enquanto “lutava em um confronto” contra os rebeldes no norte do Chade, segundo aas fontes oficiais. Ele foi sucedido por seu filho, Mahamat Idriss Deby Itno, que governa o país amparado por uma junta militar.

Terroristas do Boko Haram lutam há 11 anos para criar um califado islâmico no nordeste da Nigéria. A luta se espalhou para Camarões, Chade, Níger e Benin, com assassinatos regulares, queima de mesquitas, igrejas, mercados e escolas e ataques a instalações militares.

A ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que a violência do Boko Haram matou 30 mil e deslocou cerca de dois milhões de pessoas.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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