A Justiça de Bangladesh condenou à morte seis membros de uma milícia extremista islâmica responsáveis pelos assassinatos de dois ativistas LGBTQIAP+ em abril de 2016. A sentença foi divulgada nesta terça-feira (31), de acordo com a agência Reuters.
As vítimas foram Xulhaz Mannan, editor da primeira revista com temática LGBTQIAP+ de Bangladesh, e o ator Mahbub Rabino Tonoy. Ambos foram assassinados dentro do apartamento de Mannan, na capital Daca, num ataque coordenado por membros do grupo Ansar Al Islam, o braço regional da Al-Qaeda.
Oito pessoas foram julgadas pelos crimes, sendo que seis receberam a pena capital. Os réus também foram condenados pela associação ao grupo terrorista, que é acusado de mais de uma dezena de crimes contra ativistas e blogueiros no país.
Entre os oito acusados, dois foram absolvidos, embora tenham sido julgados à revelia por estarem desaparecidos. Também são considerados foragidos dois dos homens condenados à morte, igualmente julgados à revelia. O líder do grupo é Syed Ziaul Haq, ex-major que foi destituído de sua patente no exército.
“Estamos felizes com o julgamento. Ao menos depois de muito tempo, conseguimos justiça”, disse Shahanur Islam, também um ativista LGBTQIAP+. “Mas, como ativista LGBTQIAP+ e também ativista contra a pena de morte, sempre prefiro uma sentença de prisão perpétua em vez da pena de morte”, completou.
A Roopbaan, revista editada por Mannan, não tinha autorização para circular em Bangladesh, que considera ilegal a relação entre pessoas do mesmo sexo.
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