Forças de segurança da Rússia realizaram operações na região da Crimeia e prenderam cinco tártaros na madrugada terça-feira (17), por volta das 5h. A ação gerou críticas por parte da Ucrânia, e a vice-ministra das Relações Exteriores Emine Dzhaparova classificou as detenções como parte da “política de opressão dos ocupantes russos”.
Dzhaparova identificou os indivíduos detidos pela Rússia como Rustem Tairov, Jabbar Bekirov, Zaur Abdullayev, Raif Fevziyef e Rustem Murasov. Ela ainda citou a Turquia como um dos países que defendem mais ativamente a Ucrânia na questão da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
A maioria dos tártaros da Criméia se opôs à anexação da península por Moscou. Desde então, autoridades russas impuseram uma política repressiva aos tártaros, que tiveram até um canal de televisão próprio proibido na região.
Por que isso importa?
Os tártaros são uma população muçulmana que vive na Crimeia. Moscou anexou à força a península em março de 2014, após a deposição do então presidente ucraniano Viktor Yanukovych, apoiado pelo Kremlin.
Desde a anexação, instituições de direitos humanos denunciam a resposta agressiva da Rússia aos ativistas e civis da região. Segundo o embaixador da Ucrânia na ONU (Organização das Nações Unidas), Sergiy Kyslytsya, há relatos de prisões “motivadas politicamente” todos os dias.
O governo russo também apoia os separatistas que enfrentam as forças de Kiev na região leste da Ucrânia desde abril de 2014. O conflito já matou mais de 13 mil pessoas.
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