A Comissão Etíope de Direitos Humanos afirmou nesta quinta-feira (26) ter recebido relatos de moradores da região de Orômia de que cerca de 150 pessoas foram assassinadas há uma semana em um suposto ataque do Exército de Libertação Oromo (OLA, na sigla em inglês), milícia armada que o governo da Etiópia classificou como terrorista neste ano. As informações são da Associated Press (AP).
A entidade alega que os assassinatos em East Wollega, ocorridos em 18 de agosto, foram seguidos por um ataque de represália no dia seguinte que deixou mais 60 mortos.
De acordo com a comissão, o primeiro ataque ocorreu um dia após as forças de segurança em serviço na área terem sido retiradas. A entidade pediu uma investigação sobre a motivação do ato.
Um porta-voz do OLA, Odaa Tarbii, em uma publicação no Twitter, definiu as acusações contra o grupo armado como “uma distorção grosseira dos fatos” e disse que os combates na região são fruto de um conflito étnico entre os povos Amhara e Oromos, as mais populosas etnias da Etiópia.
A gross distortion of the facts on the ground. OLA will not allow Amhara Region militias to repeat in East Walaga what they did in Western Tigray. It is pitiful for propagandists to try and frame the routing of violent militias as the massacre of innocent civilians. #Ethiopia https://t.co/klbbK3l3t9
— Odaa Tarbii (@OdaaTarbiiWBO) August 26, 2021
Nesta semana, a Associação Amhara da América informou que pelo menos 135 pessoas do povo Amhara foram mortos e centenas de casas foram destruídas durante o ataque cometido por “supostos membros das milícias OLA”.
Por que isso importa?
A violência étnica é um grande desafio para o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, que também está lidando com um conflito crescente que se espalhou da região norte do país de Tigré para as vizinhas Amhara e Afar.
Faltam energia elétrica, recursos e combustível para auxiliar famílias afetadas pelo conflito, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas). As linhas de internet e telefonia também foram cortadas pelo governo federal – tática para suprimir protestos.
O post Grupo de direitos humanos denuncia 150 mortos em ataque miliciano na Etiópia apareceu primeiro em A Referência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, evite comentários depreciativos e ofensivos