A Justiça de Malta, o menor país integrante da União Europeia (UE), confirmou nesta quarta-feira (18) o julgamento do empresário local Yorgen Fenech, cuja data ainda não foi anunciada. Ele é acusado do assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia, e a acusação trabalha com um pedido de prisão perpétua contra o réu, segundo a agência Reuters.
Fenech, um dos homens mais ricos de Malta, está preso desde novembro de 2019, sob acusação de ter sido o mandante do crime. Ele foi preso em um iate quando, segundo a polícia, tentava fugir do país. Os três homens acusados de terem cometido o assassinato estão sob custódio desde dezembro de 2017, dois meses após o crime.
Por enquanto, apenas um dos acusados foi condenado. Depois de firmar um acordo de delação com a promotoria, ele se disse culpado e pegou 15 anos de prisão. Os outros dois, assim como Fenech, aguardam julgamento.
Fenech comandava uma série de negócios em áreas diversas, entre investimentos imobiliários, importações e uma concessionárias de automóveis. O negócio mais famoso do empresário, porém, foi o comando de um consórcio empresarial que obteve um contrato governamental para a construção de uma usina de geração de energia.
Era justamente esse contrato que a jornalista investigava quando foi morta. Caruana Galizia morreu na explosão de um carro-bomba quando ela deixava sua residência num veículo próprio, em outubro de 2017.
Havia suspeita de corrupção no acordo entre o consórcio e o governo. Tanto que, pouco depois da prisão do empresário, o então primeiro-ministro de Malta Joseph Muscat renunciou ao cargo. Embora ele negue qualquer irregularidade, há indícios de proximidade entre autoridades governamentais e Fenech.
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