A campanha para libertar a princesa Latifa, filha do xeque de Dubai, Mohammed bin Rashid al Maktoum, foi encerrada depois que uma fotografia dela na Islândia foi postada no Instagram nesta segunda-feira (9), revelou reportagem da BBC News.
A campanha havia começado quando a princesa gravou um vídeo, em janeiro deste ano, dizendo ser prisioneira dentro de um palácio da família real. Agora, com o post que a mostra em liberdade, o grupo afirmou que o “objetivo” da campanha Latifa Livre foi atingido.
O caso gerou protestos internacionais e chegou até a ONU (Organização das Nações Unidas), que exigiu que o governo de Dubai, nos Emirados Árabes, provasse que Latifa estava viva.
Desde então, além da recente imagem publicada na rede social, várias fotos da princesa foram postadas por Sioned Taylor, uma amiga de longa data. A viagem à Islândia teve ainda a presença de um primo de Latifa, Marcus Essabri – que ela teria conhecido na ocasião. “Ótima viagem à Islândia com Latifa e Marcus”, diz a legenda da foto.
Os organizadores da campanha divulgaram um comunicado contextualizando o porquê de a iniciativa estar se desfazendo após a princesa aparecer no Instagram.
“Após a reunião, foi decidido que o passo mais apropriado neste momento é encerrar a campanha Latifa Livre. O objetivo principal da campanha era ver Latifa livre levando a vida que ela escolheu para si mesma. Claramente percorremos um longo caminho para atingir esse objetivo”, disse o documento.
David Haigh, cofundador da campanha Latifa Livre, disse à BBC que a situação atual da princesa era “a melhor posição em que ela esteve em termos de […] liberdade por duas décadas”.
Cativeiro e fuga
O governante de Dubai tem 25 filhos. Latifa tentou escapar do Golfo em fevereiro de 2018 e explicou, em um vídeo gravado antes da partida, que sua vida era extremamente restrita.
“Não saio do país desde 2000. Tenho pedido muito para apenas viajar, estudar, fazer qualquer coisa normal. Não deixam”, disse antes de tentar a fuga em um barco e ser capturada no Oceano Índico, em uma ação definida pelo pai como uma “missão de resgate”.
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