Autoridades de saúde da Guiné confirmaram nesta semana o primeiro caso da doença de Marburgo no país e também na África Ocidental. O vírus, altamente infeccioso, causa febre hemorrágica e pertence à família do ebola.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) enviou uma equipe de 10 especialistas para ajudar as autoridades locais a investigarem o caso. A agência da ONU trabalha também na avaliação dos riscos, na vigilância e na ajuda à comunidade para prevenir novas infecções.
O paciente buscou tratamento numa clínica local na província de Gueckedou, perto de Serra Leoa e Libéria. A investigação começou assim que os sintomas se intensificaram. Segundo a diretora regional da OMS, Matshidiso Moeti, a rapidez com que o vírus pode se espalhar requer ação rápida para interromper a transmissão de imediato.
Ela explica que a OMS trabalha com as autoridades de saúde da Guiné para uma resposta rápida, tendo a experiência do país em lidar com o ebola, já que os dois vírus são transmitidos de maneira parecida.
A região de Gueckedou, onde o vírus Marburgo foi confirmado, é a mesma região onde foram registrados casos de ebola neste ano e onde começou o surto de ebola em 2014.
Morcegos
A OMS explica que o vírus Marburgo é transmitido às pessoas pelo morcego da fruta. A doença começa de forma abrupta, com febre alta, dor de cabeça severa e mal-estar geral.
O índice de fatalidade varia de 24% a 88%, dependendo de como os casos são geridos. A agência destaca que não existem vacinas nem tratamento antiviral e os pacientes dependem da hidratação por via oral ou intravenosa.
Como a doença apareceu pela primeira vez na Guiné, as autoridades de saúde estão lançando campanhas para educar a comunidade sobre o vírus e formas de transmissão. Surtos de Marburgo já foram registrados em Angola, África do Sul, Quênia, República Democrática do Congo e Uganda.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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