O Escritório de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) classificou como “profundamente preocupante” a eclosão da violência nos últimos dias no Reino de Eswatini, a antiga Suazilândia.
Liz Throssell, porta-voz do órgão, informou nesta terça (6), em Genebra, que relatos sugerem a morte de dezenas de pessoas nos protestos que exigem reformas democráticas na única monarquia absolutista da África.
Segundo as agências de notícias, as manifestações começaram em maio, após a morte de um estudante de Direito de 25 anos supostamente causada pela polícia. Imagens de vídeo que circularam na semana passada mostravam manifestantes fugindo do exército.
A ONU diz que relatos vindos do país falam em “uso desproporcional e desnecessário da força, assédio e intimidação” por parte das forças de segurança a fim de suprimir os protestos. Há relatos de uso de munição real pela polícia. As autoridades nacionais também teriam cortado os serviços de internet no país.
Em meio às alegações de violações de direitos humanos, a ONU cobra do governo “investigações rápidas, transparentes, eficazes, independentes e imparciais” e pede que “os autores sejam responsabilizados”. Também pressiona o país a estabelecer um diálogo de longo prazo a fim de atender às demandas que deram origem aos protestos.
Material adaptado do conteúdo publicado originalmente pela ONU News.
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