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terça-feira, 13 de julho de 2021

Eleição parlamentar tira Moldávia da zona de influência russa e aproxima o país da UE

As eleições parlamentares da Moldávia indicam uma mudança de foco na política nacional. Sai de cena o bloco dos partidos Comunista e Socialista, aliado à Rússia, e assume o PAS (Partido de Ação e Solidariedade, em tradução literal), da atual presidente Maia Sandu, que promete colocar o país na zona de influência da União Europeia (UE).

“Acho que o tempo de Moldávia e Rússia terem um bom relacionamento acabou. Muito depende da posição do novo parlamento após as eleições. Se a Moldávia tentar aderir a sanções contra a Rússia, isso levará a protestos em massa”, disse o ex-presidente Igor Dodon, líder do bloco pró-Moscou, segundo a agência United News Of India.

Maia Sandu, presidente da Moldávia (Foto: reprodução/Facebook)

Com mais de 99% das urnas apuradas, o PAS tem 52,6% dos votos, contra 27,3% do bloco de Dodon. Se confirmada a maioria para Sandu nas 101 cadeiras do Parlamento, ela promete implementar uma política de reformas e combate à corrupção.

Eleita para comandar o país em 2020, Sandu teve que lidar com legisladores majoritariamente voltados a Dodon, devido ao resultado da eleição parlamentar de 2019. Em abril deste ano, ela então dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições, que agora indicam sua soberania dentro da casa.

“Espero que hoje seja o fim de uma era difícil para a Moldávia. O fim do reinado dos ladrões sobre a Moldávia. Desafios são ótimos, e o povo precisa de resultados. O povo deve sentir em breve os benefícios de um Parlamento limpo e de um governo que realmente diz respeito aos problemas da população”, disse a presidente no Facebook.

A distribuição dos assentos parlamentares, porem, ainda não está clara. Isso porque os partidos que não conquistaram votos suficientes terão seus números distribuídos entre os vencedores.

Com uma população de 3,5 milhões de pessoas, a Moldávia é um dos países mais pobres da Europa. Nos últimos anos, a situação se agravou com a pandemia de Covid-19, e a ex-república soviética ainda enfrentou escândalos de corrupção. Num deles, em 2014, aproximadamente US$ 1 bilhão desapareceram do sistema de três bancos nacionais, caso que até hoje não foi totalmente esclarecido.

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