O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, sinalizou nesta quinta (6) que aumentará a assistência à Ucrânia. A medida vem na esteira do avanço das tropas da Rússia na fronteira do país – um movimento classificado por Washington como “imprudente e agressivo”, registrou a Reuters.
Em Kiev, Blinken afirmou que Moscou deixou vários soldados e equipamentos para trás após anunciar a retirada das forças da região. Segundo o chefe da diplomacia dos EUA, o presidente Joe Biden deve visitar o país em breve.
A ex-nação soviética espera que Washington venda mais armas e equipamentos para conter a capacidade da Rússia de interferir em suas comunicações. Para isso, a Ucrânia deverá se comprometer o combate à corrupção e à influência de oligarcas, negociou Blinken. O diplomata alertou sobre a recente demissão de um oficial reformista.
Blinken, porém, deixou claro que Washington e aliados da Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) apoiam a entrada da Ucrânia na aliança militar. “Ouvi a mesma coisa quando estive na Otan, em março. Esperamos que a Rússia pare com as ações imprudentes e agressivas”, pontuou, sem entrar em detalhes.
Impasse
No dia 22, Moscou anunciou a retirada de suas tropas da fronteira da Ucrânia – um esforço para facilitar os preparativos ao encontro entre Biden e o presidente russo Vladimir Putin. Fontes do Kremlin disseram no dia 26 que os dois chefes de Estado planejam uma reunião para junho em alguma cidade da Europa.
Na mesma semana, a Casa Branca prometeu “apoio inabalável” ao presidente ucraniano Volodimir Zelensky após um confronto direto entre o exército de Kiev e rebeldes pró-russos na região de Donbass, no leste do país, reivindicada por militantes pró-Moscou.
O impasse fez com que a Ucrânia pedisse aos EUA e UE (União Europeia) que acelerassem a entrada na Otan. Washington é o principal fiador de Kiev no cenário internacional desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia e deu início a um longo conflito no leste ucraniano. Desde então, o conflito já gerou 14 mil mortos.
Além de Washington, na quarta-feira, a cúpula do G-7 também apoiou a Ucrânia. O grupo dos sete países mais ricos do mundo apontou o comportamento de Moscou como “irresponsável e desestabilizador” e incluiu o país no ranking das principais ameaças globais junto da China e da pandemia de Covid-19.
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