Cerca de 15 pessoas foram mortas em um ataque ao norte de Burkina Faso, na terça-feira (18). Os civis foram alvejados enquanto participavam de um batismo, reportou a Reuters. A chacina ocorreu na vila de Adjarara, na cidade de Tin-Akoff na província de Oudalan, próximo à fronteira com o Mali, na região do Sahel, de acordo com um comunicado do governo da região.
Há suspeitas do envolvimento de grupos islâmicos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico que controlam a região. Porém, até o momento, ninguém reivindicou a autoria. O governador de Burkina Faso, Salfo Kabore, ofereceu suas condolências às famílias e pediu às pessoas que relatassem ao exército qualquer movimentos suspeitos.
Em outro incidente, ocorrido na quarta-feira (19), uma pessoa morreu e outras duas ficaram gravemente feridas, na explosão de um veículo militar. O automóvel atingiu uma bomba na estrada em Tialbonga, no leste de Burkina Faso, e espalhou os estilhaços. Os responsáveis também não foram identificados.
Violência no Sahel
Desde o início do ano, moradores do Sahel, na África Ocidental, têm convivido cada vez mais com a hostilidade de grupos jihadistas armados. A escalada da violência está em especial em Mali, Níger e Burkina Faso, com os civis sendo os principais alvos.
Um relatório da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), divulgado no último dia 7, mostrou que no começo de maio, mais de 17 mil pessoas foram forçadas a se deslocar de Burkina Faso por conta de uma série de ataques em três regiões distintas, incendiando casas e matando civis a tiros.
Cerca de 45 pessoas foram mortas neste ataque. Os agressores também saquearam centros de saúde e danificaram casas e lojas.
“Está claro que uma das razões é causar confusão e atormentar os civis“, disse o porta-voz do ACNUR, Boris Cheshirkov, em uma entrevista coletiva em Genebra.
Segundo Cheshirkov, a situação de segurança na região do Sahel está alimentando uma das crises de deslocamento que mais cresce no mundo.
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