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terça-feira, 18 de maio de 2021

ONU: Agências aumentam resposta humanitária após escalada de conflito na Faixa de Gaza

Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas

Os confrontos entre forças de Israel e militantes do movimento Hamas e outros grupos armados em Gaza levaram agências humanitárias a escalar a assistência aos civis. Nos últimos dez dias, mais de 170 palestinos morreram em Gaza e 1.221 ficaram feridos, segundo dados das autoridades locais, por causa dos bombardeios israelenses. 

Já em Israel, ocorrem pelo menos 10 óbitos. Centenas de pessoas ficaram feridas com o lançamento de milhares de foguetes de Gaza contra o país. No domingo, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu e o chefe da organização pediu um cessar-fogo imediato. 

ONU: Agências aumentam resposta humanitária após escalada de conflito na Faixa de Gaza
Criança palestina segura litros para água potável após deixar sua casa em meio ao confronto entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, maio de 2021 (Foto: Unicef/Eyad El Baba)

O Ocha (Escritório da ONU para Assistência Humanitária) afirma que a recente onda de violência levou a um deslocamento crescente de palestinos.

Nesse momento, mais de 38 mil pessoas buscam proteção em 48 escolas da Unrwa (Agência da ONU para Assistência aos Refugiados Palestinos), em Gaza. Mais de 2,5 mil pessoas ficaram desabrigadas após a destruição de suas casas. 

Cisjordânia 

Vários manifestantes saíram às ruas da Cisjordânia e Jerusalém Oriental para protestar contra a violência. Segundo o Ocha, 537 palestinos ficaram feridos em confrontos com as forças israelenses. 

A coordenadora humanitária da ONU na região, Lynn Hastings, apelou às autoridades israelenses e grupos armados palestinos para permitirem imediatamente que a ONU e seus parceiros levem combustível, alimentos e suprimentos médicos e enviem pessoal humanitário.

Programa Mundial de Alimentos começou uma assistência emergencial para mais de 51 mil pessoas no norte de Gaza. Junto com seus parceiros, a agência também leva apoio financeiro que beneficiará tanto os que precisam de assistência, pela primeira vez, como os que já recebiam o auxílio.  

Em comunicado, o representante do PMA, Samer AbdelJaber, anunciou que a população refugiada receberá suporte em dinheiro e na forma de vouchers. A agência receia que o fechamento das passagens possa gerar escassez de mercadorias incluindo alimentos. Os preços dos produtos já aumentaram visto que os agricultores não conseguem chegar aos campos. 

Resposta 

Em Gaza, a pobreza e o desemprego já eram altos antes da crise de segurança e da pandemia. Mais da metade da população de Gaza vive na pobreza, cerca de 53%, e o desemprego é de 45%. 

Para continuar a fornecer assistência alimentar a mais de 435 mil pessoas ​​em Gaza e na Cisjordânia, nos próximos seis meses, o PMA precisa de US$ 31,8 milhões. As agências requerem, urgentemente, US$ 14 milhões nos próximos três meses, para alcançar 160 mil pessoas em Gaza e 60 mil na Cisjordânia.  

Em comunicado, a diretora-regional do PMA para o Oriente Médio e Norte da África, Corinne Fleischer, contou que “as pessoas em Gaza já vivem no limite e muitas famílias lutam para colocar comida na mesa.”

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