O serviço de alfândega dos Estados Unidos (U.S. Customs and Border Protection) proibiu na sexta-feira (28) a entrada no país de peixes e frutos do mar provenientes de uma frota chinesa que é acusada de trabalhos forçados. A informação é da agência Reuters.
A frota chinesa cujos produtos foram banidos é composta por 32 embarcações, e as maiores vítimas dos abusos seriam pescadores indonésios.
“Continuaremos a investigar o uso de trabalho forçado por barcos pesqueiros e outras indústrias”, disse Alejandro Mayorcas, diretor do Homeland Security (Serviço de Segurança Interna dos EUA). “Produtores e importadores dos EUA precisam entender que haverá consequências para as instituições que exploram trabalhadores para vender seus produtos aqui”.
Atum e peixe-espada foram confiscados pela alfândega, e a ação atingirá também eventuais derivados desses produtos, tais como atum enlatado.
Maus-tratos
Os trabalhadores, contratados pela empresa Dalian Ocean Fishing, teriam encontrado condições bem inferiores àquelas prometidas antes do início do serviço. Segundo a investigação, há indícios de maus-tratos, retenção de salários e condições precárias de moradia e alimentação.
O ministro das relações exteriores da China, Wang Wenbin, negou as acusações e prometeu tomar as “medidas necessárias” para proteger os interesses das empresas chinesas.
A Dalian Ocean Fishing tem pequena participação no mercado norte-americano. As importações de produtos da empresa totalizaram US$ 2,9 milhões entre janeiro de 2019 e abril de 2021.
Problema antigo
O episódio não é novidade na relação comercial entre EUA e China. Ainda no fim da administração Trump, os norte-americanos baniram todo algodão e tomate produzidos na região de Xinjiang, devido aos maus-tratos praticados contra a minoria muçulmana uigur. A região é responsável pela produção de 20% de todo algodão do planeta.
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