A varejista de roupas britânica Timbuktu Global foi criticada por registrar a palavra “Yoruba” como sua marca. O nome refere-se a um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental. A escolha chamou atenção para o debate sobre apropriação cultural, de acordo com o portal “All Africa”.
A discussão começou através de Gbemisola Isimi, fundadora do centro cultural africano CultureTree em Londres. Ela diz ter tido dificuldades em registrar o nome do programa de educação sobre a tradição e língua yoruba por conta dos planos da empresa Timbuktu.
“Yoruba não está à venda!”, protestou ela no Twitter. Isimi argumentou que a empresa varejista não possui nenhuma relação com a língua ou o grupo étnico, mas usou a palavra yoruba como “marca registrada” – o que impede outras pessoas de usá-la.
“Achei estranho que uma empresa tenha permissão para registrar a palavra yoruba – um grupo étnico e língua de milhões de pessoas”, escreveu. “É o auge da apropriação cultural”.
Registros do Instituto de Propriedade Intelectual do Reino Unido apontam que a Timbuktu pediu o registro da palavra em 2015. Em resposta aos questionamentos de Isimi, o órgão afirmou que as decisões têm base nas leis existentes e que o público pode contestar a validade das marcas.
Desde que o registro foi contestado, a varejista fechou as contas nas redes sociais e seu site. A empresa pediu desculpas pela marca e prometeu liberar o nome. A maior incidência de habitantes da etnia está na Nigéria, em Benin e no Togo.
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