Os apelos contrários da população de Dinde, no noroeste de Zimbábue, não foram suficientes para barrar o início da exploração da mineradora chinesa Beifa Investments no local. De acordo com o portal All Africa, as disputas na região já afetam 10 mil moradores.
A população local, que luta desde 2019 contra o estabelecimento da mina de carvão e de uma usina termelétrica chinesas, teme ser expulsa da região. Os moradores também são contrários à potencial degradação ambiental no território.
A surpresa veio quando o líder da reserva, Nekatambe, se uniu a funcionários do governo e ameaçou a comunidade de despejo forçado caso continuem a resistir ao projeto. “A compensação virá mais tarde”, defendeu.
A mineradora chinesa iniciou a perfuração no dia 14 de abril – movimento que inflamou a comunidade para protestos que terminaram com a prisão de Never Tshuma, presidente da Associação de Moradores de Dinde.
Tshuma foi acusado de incitar a violência contra o investidor chinês. Enquanto isso, a companhia seguiu seu trabalho e já há diversos tubos de perfuração no local, registrou o watchdog Information for Development Trust.
E a expansão da mineradora parece ser maior que o esperado. “O cinturão passa por várias propriedades próximas, e mais adiante chega às montanhas ao norte”, relatou a organização.
Os empreiteiros teriam retornado à cidade para uma segunda perfuração após os confrontos. As máquinas começaram a trabalhar ao longo de uma afluente do rio Nyantue – a única fonte de água potável para o gado e a população local.
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