Fontes disseram à Reuters que os planos de aumentar a produção de petróleo a partir de fevereiro estão longe de ser consenso na reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), realizada nesta segunda (4).
Pelo contrário: a maioria dos membros se opôs à medida. O ministro de Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, afirmou que o bloco deve se manter “vigilante” apesar do otimismo no mercado.
Segundo ele, a demanda por combustíveis segue frágil e há imprevisibilidade devido às novas mutações da Covid-19, já registradas no Reino Unido e na África do Sul.
O grupo chegou a aumentar a produção em até 500 mil barris por dia desde dezembro, hoje de 7,2 milhões de barris diários. A restrição garante a manutenção dos preços e a redução do excesso de oferta – movimento que ocorre desde janeiro de 2017.
Com a pandemia, porém, o corte foi recorde: 9,7 milhões de barris deixaram de ser produzidos por dia, conforme o avanço da Covid-19 minava a demanda por gasolina e combustível para a aviação.
Segundo fontes, a Arábia Saudita e o secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, concordam em uma ação mais cautelosa em 2021. Já Emirados Árabes Unidos e a Rússia defendem aumento da produção.
Embora a vacina à Covid-19 tenha trazido expectativa de recuperação, o aumento da demanda não seria suficiente para elevar o consumo ao nível pré-pandêmico. Antes de 2020, a média de produção chegava a cerca de 100 milhões de barris diários.
Como em outros encontros, o impasse prorroga a decisão sobre o preço de combustíveis no início deste ano. Integram a Opep Argélia, Angola, Equador, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.
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