A Polícia Nacional Civil de El Salvador alertou para o aumento do índice de suicídio entre policiais no país. As incertezas profissionais e pessoais estão entre as principais razões, disse o jornal salvadorenho “La Prensa”.
El Salvador é um dos países mais perigosos do mundo. Localizado na América Central, tem altas taxas de homicídios – 36 por 100 mil habitantes, em 2019. O país é dominado por gangues como a MS-13 e a Barrio 18, espalhadas pelo pequeno e densamente povoado território.
Autoridades associaram os óbitos a problemas como estresse policial, alcoolismo e violência doméstica. A constante ameaça de estruturas criminosas e a tensão no ambiente de trabalho aceleram o esgotamento mental e físico dos profissionais.
Dados do país registraram o suicídio de seis profissionais da segurança pública entre dezembro de 2020 e 7 de janeiro deste ano.
Apesar de uma ligeira redução nas taxas de homicídios do país após acordo entre o presidente Nayib Bukele e o grupo criminoso MS-13, é comum que os policiais sejam alvos fáceis em comunidades imersas em violência em todo o país.
Só em abril de 2020, uma súbita onda de assassinato causou a morte de mais de 80 pessoas em cinco dias. Como consequência ao medo e violência recorrentes em El Salvador, os policiais apelam para uso de remédios e abuso de álcool.
Horas de trabalho extenuantes e pouca ou nenhuma comunicação entre líderes e colegas geram, também, violência doméstica – tanto física quanto psicológica.
Além da depressão, os riscos da profissão também força, o aumento de doenças como hipertensão, diabetes, insuficiência renal e ansiedade.
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