A cepa mutante da Covid-19 vinda da África do Sul é predominante no surto de contágios do Malaui, na África Oriental. Conforme a BBC, a nação de 19 milhões de habitantes viu seus números explodirem desde as férias de Natal.
Este é o primeiro grande pico de infecções pelo coronavírus desde o início da pandemia. Dados da MSF (Médicos Sem Fronteiras) apontam que o número de casos dobrou a cada cinco dias nas primeiras semanas de janeiro.
“Temos agora entre 800 e 1,2 mil casos novos por dia”, disse uma das coordenadoras da MSF, Fabrice Weissman. “Provavelmente esses são números menores que o real. O número de testes ainda é limitado”.
A relação com a variante sul-africana se deve à coincidência de aumento logo após o retorno das festividades de fim de ano. É possível que famílias malauianas que viajaram ao litoral da África do Sul tenham se infectado e levado o vírus ao país.
Desde então, a transmissão tem sido local. “Esta cepa parece não ser mais grave, mas muito mais contagiosa”, relatou Weissman. A maior concentração de casos está nas cidades de Blantyre e Lilongwe.
O foco, agora, é garantir profissionais da saúde e leitos em hospitais para atender a todos os contaminados. “Os recursos humanos estão em falta. Temos mais de 1,1 mil funcionários infectados”, disse a coordenadora da MSF.
O oxigênio também já começou a faltar. O Malaui só deve receber vacinas contra a Covid-19 a partir de abril.
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