Um relatório divulgado pelo Escritório de Assuntos Humanitários da ONU (Organização das Nações Unidas) denuncia um padrão de violações aos direitos humanos e impunidade quase total no Haiti.
Conforme a publicação, os recentes decretos presidenciais para a criação de agências de segurança não estão em conformidade com as normas e padrões internacionais de direitos humanos.
“Violações e atos de violência cometidos por manifestantes não podem ser pretexto para restringir as liberdades fundamentais no Haiti”, disse a porta-voz do Escritório, Marta Hurtado.
A crescente insegurança, desigualdade e tensão política no país também preocupam. O Haiti é palco de protestos após uma série de reformas constitucionais proposta pelo governo.
“As chamadas para manifestações têm aumentado, o que levanta preocupações sobre novas violações por parte das forças de segurança. Vimos isso acontecer nos atos em 2018 e 2019, e outubro e novembro do ano passado”, apontou.
Em 2018, protestos violentos irromperam na capital, Porto Príncipe, para pedir a renúncia do presidente Jovenel Moise. O estopim foi a morte, após intervenção policial, de um jornalista que cobria as manifestações por reformas no governo.
No ano passado, uma onda de violência recorde causou a morte de 307 pessoas entre abril e agosto. Foram quase duas mortes violentas por dia apenas em sete cidades da região metropolitana da capital do país, o mais pobre das Américas. Moram ali cerca de 2,5 milhões de pessoas.
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