O Parlamento da Mongólia já se prepara para escolher um novo primeiro-ministro após a renúncia de Khurelsukh Ukhnaa, nesta sexta-feira (22). Conforme a agência estatal Montsame, os partidos encaminham suas cartas de indicados para votação no plenário.
Khurelsukh anunciou sua retirada na quinta (21), após protestos sobre a conduta do governo na pandemia. Os protestos eclodiram na quarta-feira após denúncias de maus tratos a uma paciente infectada com Covid-19 e seu bebê recém-nascido.
Centenas de cidadãos protestaram contra as políticas de saúde em meio a crise gerada pela Covid-19 em frente ao Parlamento, na capital Ulaanbaatar. O Partido do Povo Mongol, do agora ex-premiê, foi unânime em acatar a saída do político.
Os protestos chamaram atenção quando manifestantes permaneceram em pé por horas a fio durante uma das noites mais frias do inverno mongol. Os termômetros bateram 40 graus negativos.
Segundo eles, o governo errou ao estender os bloqueios e restrições de movimento e proibir as viagens internacionais.
No poder há pouco mais de três anos, Khurelsukh acusou o presidente, Battulga Khaltmaa, de orquestrar o movimento. Os dois são de partidos opositores.
A Mongólia registrou cerca de 1,6 mil casos de Covid-19 e apenas duas mortes em decorrência do vírus. Até a última quinta (21), o país de 3,3 milhões de habitantes somava 526 casos ativos da transmissão.
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